Declaração de Fé
Somos Cristãos: Somos cristãos por escolha própria e somos discípulos decididos de Jesus. Cristo Jesus é nosso único e suficiente Salvador e Senhor. Reconhecemos que não somos os únicos discípulos de Jesus mas é nosso desejo seguir a Jesus de acordo com as nossas convicções bíblicas (Atos 11:26), e no poder do Espírito Santo. Cremos na obra expiatória de Cristo Jesus, na cruz do calvário, em cumprimento das profecias do Antigo Testamento, como sacrifício único e suficiente para salvação de todos os pecadores. Cremos que o cristão verdadeiramente salvo por Jesus Cristo deve viver neste mundo uma vida justa, santa e piedosa, servindo de exemplo e testemunho vivo da transformação efetuada no coração do convertido.
A Trindade: Cremos em Deus Pai, Criador de todas as coisas, em seu Filho Jesus Cristo, único Salvador da humanidade e no Espírito Santo, que procede do Pai e foi enviado pelo Filho como penhor da redenção dos salvos; que subsiste em três pessoas divinas distintas e completas em si mesmas, que compõem uma única divindade, denominado a Trindade divina ou Deus uno-trino, conforme a declaração doutrinária dos pais apostólicos, num único Deus, que subsiste em três pessoas divinas distintas e completas em si mesmas, que compõem uma única divindade.
Competência da Alma: todo cristão é responsável por buscar sua salvação, cada qual prestará contas de si mesmo ao Senhor. A pessoa pode conhecer a vontade divina por meio da revelação das Escrituras, tornando-se responsável diante de Deus. Isso significa uma responsabilidade individual e direta no seu relacionamento com o Criador. Se o homem é competente e responsável, tem de ser livre. Isso quer dizer que a pessoa ele foi criada à imagem e semelhança de Deus como ser racional e moral capaz de tomar decisões por si mesmo, devendo ter sua própria experiência com Deus, livre de toda interferência externa, amparada apenas pelo exame e estudo das Escrituras. A competência indica que cada um deve relacionar-se com Deus por si mesmo, pois essa é a conseqüência de ter sido criado como ser distinto, um indivíduo.
Bíblia como Regra de Fé e Prática: a Bíblia é fonte Sagrada e seus registros escritos são a auto revelação de Deus aos homens. Cremos que toda a Escritura, Antigo Testamento e Novo Testamento, é inspirada por Deus, inerrante e suficiente para atender às necessidades não orgânicas do ser humano. Cremos em sua infalibilidade e que é autoridade de fé e conduta para todas as culturas, em todas as épocas. Cremos convictos de que a Bíblia deve ser o livro de estudo de cada cristão, com a finalidade de nortear a fé e o agir de cada crente. O cristão tem que aceitar a responsabilidade de estudar a Bíblia com a mente aberta e com atitude reverente, procurando o significado de sua mensagem através de pesquisa e oração, orientando a vida debaixo de sua disciplina e instrução no que concerne aos assuntos de ordem espiritual, moral e social. (2Tm 3.16).
Salvação pela Graça: A salvação do homem é o propósito pelo qual Deus enviou seu Filho ao mundo, isto não se baseia nos méritos humanos – inexiste a possibilidade de ser adquirida pela meritocracia, mas tão somente na graça de Cristo Jesus sendo outorgada a todo pecador arrependido que nele crê e pela fé na suficiência do sacrifício de Cristo. A segurança do crente é eterna. (Mt 16:24) (Rm 8.28-30), (2Ts 2.13,14), (Rm 6.23), (Ef 2.8-10).
Igreja formada por Crentes comprometidos com Cristo: Cremos que o crente tem o dever de cumprir o mandamento de Jesus de Evangelizar, Batizar, Ensinar e Observar todos os mandamentos. Estes quatro alvos são a razão da existência da Igreja local e a razão para a nossa participação nela como membro fiel e ativo. A Igreja é composta de membros regenerados. (Mateus 28: 18-20; Hebreus 10:24-25).
Sacerdócio Universal do Crente: Inexiste outro mediador entre Deus e o homem além de Cristo Jesus. O cristão como regenerado é um sacerdote com acesso direto à presença de Deus (Hb 10.19:20), tem o direito de examinar as escrituras para acessar o que Deus lhe diz sob a iluminação do Espírito Santo. (1Pe 2.9).
As Ordenanças: O batismo e a ceia do Senhor são as duas ordenanças da igreja e não como sacramentos. São símbolos da redenção, a sua observância envolve fé, exame de consciência, discernimento, confissão, gratidão, comunhão e culto. O batismo é administrado pela igreja, sob a autoridade do Deus triuno. A ceia do Senhor, é memorial, observada através dos símbolos do pão e do vinho, é um profundo esquadrinhamento do coração, uma grata lembrança de Cristo Jesus e sua morte vicária na cruz, uma abençoada segurança de sua volta e uma jubilosa comunhão com o Cristo vivo e seu povo. (Rm 6.4), (1Co 11:24-25).
Batismo por Imersão para Adultos Convertidos: Como prática o credo-batismo para adultos convictos que publicamente confessam a fé em Cristo Jesus como Salvador único, suficiente e pessoal, e seguindo o modelo do batismo do próprio Jesus, por imersão e por esse ato o crente retrata a sua morte para o pecado e a sua ressurreição para uma vida nova. A igreja é composta de membros regenerados e batizados. (Atos 8:36-39), (Mateus 3:13-17 e 28:19).
Modelo Congregacional: A independência financeira e autonomia na plenitude de todos e quaisquer assuntos da igreja local é fruto da forma de governança eclesiástica adotada, é o método da igreja primitiva – congregacional, o governo é centralizado por membros efetivos da igreja através das Assembléias Ordinárias e Extraordinárias. (Mt 18.17), (At 6.1-6).
Liberdade Religiosa: Todos têm o direito de expressar e declarar a sua fé. Se uma pessoa é responsável diretamente diante de Deus, logo tem que estar livre de restrições humanas para poder responder perante Deus. Os Batistas consideram como inalienável a liberdade de consciência e a livre plenitude liberdade de religião de todas as pessoas. O homem é livre para aceitar ou rejeitar a religião; escolher ou mudar sua crença; propagar e ensinar a verdade como entender, sempre respeitando os direitos e convicções alheios; cultivar a Deus tanto a sós quanto publicamente; convidar outras pessoas a participarem nos cultos e noutras atividades de sua religião. Tal liberdade não é privilégio para ser concedido, rejeitado ou meramente tolerado – nem pelo Estado, nem por qualquer outro grupo religioso – é um direito outorgado por Deus.
Separação entre Igreja e Estado: A Igreja e o Estado devem estar separados por serem diferentes em sua natureza, objetivos e funções; É dever do Estado garantir o pleno gozo e exercício da liberdade religiosa, sem favorecimento a qualquer grupo ou credo; O Estado deve ser laico e a Igreja livre. Reconhecendo que o governo do Estado é de ordenação divina para o bem-estar dos cidadãos e a ordem justa da sociedade, é dever dos crentes orar pelas autoridades, bem como respeitar e obedecer às leis e honrar os poderes constituídos, exceto naquilo que se oponha à vontade e à lei de Deus. (Mateus 22: 15–22), (João 18:36),, (Atos 5:29), (Romanos 13: 7-8), (João 17).
Cooperação entre Igrejas Batistas: apesar de cada igreja ser autônoma e local, é importante que haja cooperação entre as igreja co-irmãs Batistas, para se alcançar objetivos maiores e de relevância para a expansão do Reino de Deus. (1 Coríntios 16:1-4), fazemos parte da Convenção Batista Brasileira (CBB) para melhor cumprirmos os mandamentos de Jesus encontrados em Mateus 28:18-20. A CBB existe para apoiar a Igreja Local mas não tem poder sobre assuntos internos das Igrejas. Convenciona-se estarmos irmanados entre Batistas, para melhor demonstrar a natureza voluntária do nosso relacionamento entre as Igrejas. (Atos 15).
Oficiais bíblicos da Igreja Local: Há dois, e somente dois, oficiais permanentes da igreja do Senhor Jesus: pastores e diáconos. O pastor é o oficial espiritual da igreja, e o diácono é o servo da igreja nas questões materiais. (Hebreus 13:7), (1 Timóteo 3:8-13).
Evangelização e Missões: Não é preciso esforço teológico para vermos, à luz da Bíblia, que evangelizar e fazer missões fazem parte da vida de todo cristão. O texto da grande comissão (não confundamos com a grande omissão) em Mateus 28:19-20, com o seu “ide” e “fazei discípulos de todas as nações”, é para todos, como destaca o capítulo XIII da nossa declaração doutrinária CBB: A missão primordial do povo de Deus é a evangelização do mundo, visando à reconciliação do homem com Deus. É dever de todo discípulo de Jesus Cristo e de todas as igrejas proclamar, pelo exemplo e pelas palavras, a realidade do evangelho, procurando fazer novos discípulos de Jesus Cristo em todas as nações, cabendo às igrejas batizá-los e ensiná-los a observar todas as coisas que Jesus ordenou.