1. Os Batistas não são os seguidores de João Batista.
    Muitos identificam os batistas com os seguidores João Batista, mas esse entendimento é fruto apenas da intuição popular que percebe a igualdade dos nomes e automaticamente passa a crer que há qualquer ligação entre ambos. Existe uma teoria denominada J.J.J. (Jerusalém, João e Jordão). A ideia é que os batistas começaram a existir no rio Jordão, com João Batista, quando este batizou Jesus. Historiadores como Orchard, Cramp e Cathcart a defendam e ela tem muitos seguidores. Esta teoria tenta ligar os Batistas com João Batista e Jesus e traça uma linhagem espiritual e teológica daqueles tempos até o surgimento da primeira Igreja Batista no mundo. Esse modo de pensar, porém não tem qualquer amparo, mesmo porque João Batista e seus discípulos nunca fundaram qualquer igreja ou movimento religioso. O papel de João e seus discípulos se limitou a preparar o caminho para a vinda do Messias que é Jesus (Mt 3.1-3). Depois disso João saiu de cena (Jo 3.30).

  2. Os Batistas não adotam a Teologia da Prosperidade.
    O ensino de que os crentes de fé terão prosperidade material e livramento de doenças, ensino este proposto pela chamada Teologia da Prosperidade não é ensinado nas Igrejas Batistas genuínas por não ter amparo bíblico. Na Palavra de Deus aprendemos que dificuldades físicas e financeiras advêm tanto a crentes como a incrédulos. A prosperidade é um princípio natural a ser exercido por cada cristão no cotidiano da sua vida, dentro das faculdades mentais disponíveis por Deus, mas, não cremos no uso ferramental divino de forma utilitarista para ganhos materiais, pois as bênçãos materiais são secundárias no contexto de bens preciosos espirituais de Cristo e o maior patrimônio é a certeza da Salvação em Cristo Jesus. Mas, um Batista individualmente pede bençãos pra Deus? Sim, é claro; mas sem uso metódico do “tudo ou nada da chave dos 7 dias de Israel”. (Mt 19.23; Lc 16.22-23; Gl 4.13; Fl 2.25-27; 2Tm 4.20; Tg 2.5)

  3. Os Batistas não têm comunhão com seitas para-protestantes.
    Seitas para-protestantes são aquelas cujos fundadores estiveram originalmente ligados de alguma forma a igrejas protestantes, mas romperam com elas por professarem doutrinas estranhas ao cristianismo histórico, fundando em seguida o seu próprio movimento. Normalmente são movimentos e doutrinas hereges como: Quebra de Maldição, Batalha Espiritual, Cair no Poder, Correntes de Libertação, Cobertura Espiritual, Transfusão ou Transferência da Unção, Cura Interior, Deificação do Ser Humano, Demônios Territoriais, Dentes de Ouro, Emagrecimento Instantâneo, Manto Ungido, Entrevistar Demônios, Evangelho da Prosperidade, Evangelho da Saúde, Leilão da Fé, Maldição Hereditária, Movimento da Fé, Restauração do Apostolado, Práticas Judaizantes, Benção do Perdão pelo Líder, Atos Proféticos, Objetos de Culto, Unção do Riso, Sexualidade Sadia, Óleo Ungido do Coronavírus…;  estes “rituais” e coisas do gênero não são práticas adotadas pelos Batistas ou por qualquer igreja bíblica. Na verdade, essas superstições servem apenas para desfigurar o nome de cristão e desviar o coração das pessoas da verdadeira mensagem do evangelho, fazendo-as crer em fábulas (Mt 7.21-23; 2Tm 4.3-4; 2Pe 2.1-3). Daí ser impossível a comunhão entre eles e as Igrejas Batistas que preservam seus princípios fundamentais (2Jo 10).

  4. Os Batistas não aderem ao modelo de marketing dos 12.
    Uma Igreja Batista local e bíblica não adere a sistemas de marketing multinível, pirâmides pseudo-cristãs, “movimento dos 12” e estratagemas do gênero, no qual conota-se ser outro “evangelho”; essas organizações usam os novatos (incautos) propondo cargos de liderança piramidal e desenvolvendo vaidades com metas de crescimento do status pessoal, criando salas de estudos geralmente denominadas “escola do profeta”, “escola da formação” ou “escola celular”. Normalmente alegam que o seu modelo é o da igreja primitiva, espalham as suas distorções através de encontros e reuniões marcadas pelo sensacionalismo, suspense, psicologia e misticismo; utilizam ainda, como grande força divulgadora, as músicas que espalham a “visão” de modo sutil. O seu líder mor (master, apostle, diamond…) num estágio mais avançado torna-se “messias” do seu falso evangelho e induz uma filosofia de adoração para si e sua família ou aos seus pares com fito de preparar a sua sucessão e quando divergem entre si abrem novos modelos e exige-se royalties para quem fica. É importante salientar que esse modelos nada tem haver com a ordem natural de grupos cristãos em lares, que possuem objetivos distintos de orações, zelo nos estudos de Cristo Jesus e a comunhão cristã, jamais deve ser invalidado a cristandade do lar. Estes outros movimentos hereges do marketing de rede – impositivo, hipnótico e piramidal nada tem haver com uma Igreja Batista saudável em orações, fraterna no lar e bíblica na sua essência.  A Bíblia é clara, não só como devemos ficar longe daqueles que ensinam essas heresias, mas também denunciar publicamente aos que publicamente ensinam tais coisas (Rom. 16: 17, 18; Judas 3, 4; 2 João 1: … 10; 2 Tm 2: 17; 1 Tim. 1: 20; Tt 3, 10; Gal. 1: 8, 9, etc.).